O Tocantins entra na última e decisiva semana da eleição suplementar com as disputas desfocadas pela Copa da Rússia. Com a competição começando a despertar o interesse da população, os debates eleitorais são relegados a um segundo plano e os cidadãos não dão muita trela para conversa de político. Para piorar, a propaganda eleitoral de rádio e TV termina também esta semana.
Com a copa do mundo ganhando corpo e os candidatos ficando sem espaço na TV, a eleição suplementar se torna totalmente desinteressante, esvaziando as discussões que o Estado precisa fazer sobre o momento político-administrativo que vive.
[bs-quote quote=”Os posts dos governadoriáveis passaram despercebidos pelo torcedor tocantinense mais interessado em conquistar o hexa do que discutir como fazer o Estado se reenquadrar à LRF e retomar sua capacidade de investimento” style=”default” align=”right” author_name=”CLEBER TOLEDO” author_job=”É jornalista e editor do CT” author_avatar=”https://clebertoledo.novosite.top/wp-content/uploads/2018/02/CTAdemir60.jpg”][/bs-quote]
Neste final de semana, pouco se comentava sobre o tema nas redes sociais, que perdeu espaço para o cabelo de calopsita do Neymar “Cai-Cai” Júnior. O melhor jogo da copa até agora — Alemanha e México — tomou lugar da operação da Polícia Federal de quinta-feira, 14, e das trocas de farpas entre os candidatos. Os posts dos governadoriáveis passaram despercebidos pelo torcedor tocantinense mais interessado em conquistar o hexa do que discutir como fazer o Estado se reenquadrar à Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF) e retomar sua capacidade de investimento.
Duas consequências possíveis do aprofundamento da apatia do eleitor pela eleição suplementar, que já era enorme. A primeira é que se torna mais um motivo para que o cidadão desmotivado não vá às urnas no domingo, 24, elevando ainda mais o número da abstenção, que no primeiro turno já tinha atingido incríveis 306.877 eleitores.
Antes disso, já está promovendo o esvaziamento dos debates que interessam às campanhas nesta reta final. Ruim para quem tenta recuperar terreno e também para quem pretende aumentar a diferença.
Para quebrar essa apatia em relação à eleição suplementar só mesmo um fato espetaculoso nos próximos dias, como, por exemplo, novamente várias viaturas da Polícia Federal tomando as ruas.
Fora isso, com um eleitor desinteressado, é como se a eleição tivesse sido suspensa. Ruim para os debates e péssimo para a democracia.
CT, Palmas, 18 de junho de 2018.
